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Dunlop quer atingir capacidade total de produção no 1º trimestre de 2019

Controlada pela japonesa Sumitomo, empresa investiu R$ 487 mi para ampliar unidade na região metropolitana de Curitiba (PR). A expectativa é elevar neste ano as vendas para as montadoras A Dunlop Pneus, controlada pela japonesa Sumitomo, prevê atingir a capacidade máxima de sua fábrica na região metropolitana de Curitiba (PR) até março de 2019. A empresa investiu R$ 487 milhões na ampliação da unidade fabril, que atualmente já conta com uma capacidade de produção de 15 mil pneus de passeio e SUV por dia. O investimento inicial na planta foi de R$ 750 milhões, em 2011. Quando estiver a pleno vapor, a unidade da Dunlop vai adicionar 3 mil unidades de pneus de passeio e SUV, e mais 500 unidades para caminhões – mercado que está prestes a entrar. Essa produção deverá ser alcançada, porém, no segundo semestre do ano que vem. Conforme o presidente da Sumitomo Rubber do Brasil, Shizuma Kubata, a planta brasileira operou com produção máxima durante o ano passado. “Acreditamos no potencial do Brasil e avaliamos que há mercado para ser conquistado, por isso decidimos pela ampliação”, afirmou o executivo, durante entrevista a jornalistas. “Apostamos não só no crescimento sobre a concorrência, mas no aumento do consumo”, acrescentou. O executivo disse que, de toda a demanda da América do Sul, metade é do Brasil. No entanto, Kubata avalia que a Dunlop ainda conta com uma baixa fatia de mercado, que no segmento de leves e passeio, no Brasil, é de 12%, já que a fábrica começou a operar apenas em outubro de 2013. Segundo o gerente sênior de vendas e marketing da companhia, Rodrigo Alonso, a empresa sentiu menos a crise, uma vez que a maior parte da produção não se destina ainda às montadoras. “A recessão econômica impactou principalmente estas empresas e menos o segmento de reposição”, destacou, em referência ao início do fornecimento de pneus às montadoras a partir do final do ano passado. Diante de um mercado em recuperação, em 2017, a empresa obteve um crescimento de 4,3% na receita líquida, o que representou mais de 5 milhões de unidades produzidas. A Dunlop reforçou que tais resultados foram obtidos pelo aumento das vendas principalmente de produtos com maior valor agregado e do fortalecimento da parceria com as montadoras. A expectativa da fabricante, de agora em diante, é que boa parte da expansão da produção seja destinada às montadoras, que no ano passado responderam por 17% das vendas da companhia no País. Para 2018, o mix no mercado original deve atingir 23%, segundo projeção da Dunlop. Entre os clientes da fabricante japonesa estão Volkswagen, Fiat e Toyota, mas a empresa já está em negociação com outras montadoras, adiantou Alonso, evitando, porém, dar pistas de quando estes contratos serão fechados. “A ideia é ampliar no futuro [o total de clientes], mas tudo vai depender do número de novos projetos”, acrescentou. Entre os veículos abastecidos pela Dunlop estão Argo e Mobi (Fiat), Hilux e SW4 (Toyota) e up! e o novo Polo (VW). A intenção da Dunlop, informa a empresa, é reduzir gradativamente sua participação no mercado de reposição. Retomada Segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), apenas no terceiro trimestre do ano passado a produção de pneus avançou 9,4% sobre igual intervalo do ano anterior, para 19,2 milhões unidades. Conforme a entidade, nos segmentos de pneus de passeio e de comerciais leves, o avanço foi de 12,4% e 14,5%, respectivamente. Mesmo com a recuperação da produção no mercado local, os executivos da Dunlop destacaram que a desvalorização do dólar puxou o crescimento das importações de pneus, praticamente dobrando o volume frente um ano antes. Com o consumidor ainda receoso, a opção pelo produto estrangeiro cresce, geralmente por ser mais barato. /O repórter viajou a convite da Dunlop. DCI Online - pneus - 19/01/2018